Criados em 1895 pelo sueco por Alfred Nobel, os
prémios nobéis, revelam o reconhecimento internacional do trabalho dos
investigadores científicos ( e o papel de individualidades na paz mundial) em
diversas áreas como a economia, a medicina e a química. No ano de 2012, o prémio
NOBEL da física foi atribuído ao norte-americano David Wineland e ao marroquino naturalizado francês Serge Haroche “por métodos experimentais inovadores que
permitem medir e manipular sistemas quânticos individuais”.

Ambos os investigadores "inventaram e
desenvolveram métodos para medir e manipular partículas individuais,
preservando a sua natureza quântica, de um modo que se julgava
inalcançável".
Na escala quântica, as partículas individuais de luz e matéria, comportam-se
de maneira distinta daquela que era
conhecida nas leis da física clássica. O
facto das partículas apresentarem dois estados diferentes, simultaneamente impossibilitava
a sua observação direta, uma vez que
essas partículas perdem essas características assim que interagiiam com o mundo
externo. Desse modo, esses fenómenos só podiam ser previstos a partir de conjecturas
teóricas. Os dois cientistas, estudaram a interação entre luz e matéria, tendo
conseguido, pela primeira vez, medir
algumas dessas características.
Wineland
baseou-se na natureza dos íons, átomos eletricamente carregados. O físico usou
campos elétricos para manter as partículas aprisionadas no vácuo, longe da
radiação e de altas temperaturas. Com um laser, ele conseguiu controlar o
estado energético dos íons, permitindo o estudo de fenómenos quânticos dentro
do mecanismo. O laser pode, por exemplo, colocar a partícula no estado de
superposição, em que ocupa dois níveis energéticos ao mesmo tempo.